Estava perambulando sem pressa,
Nas curvas da Praça Nereu Ramos.
À procura de uma inspiração ou uma
promessa,
Na busca de descanso.
Não estou interessada no seu partido
político,
Mesmo sabendo que estamos em época de
eleição.
Não quero ver os quadros de caricaturas
hoje,
Mesmo sabendo que o desenhista vai me
receber com educação.
Não me permita sentir piedade,
De quem vende coisas sentado no chão;
Contemplo o acomodar dos idosos
Que cegos, começam a entoar uma canção.
Um mendigo, um trabalhador e um
poderoso chefão.
Dividindo a mesma estrada, o mesmo
“centrão”.
A mesma árvore estendida.
Mesmo horário, o mesmo petit pavê,
olhando para a mesma direção.
Cruzamos pelos mesmos homens do carvão,
Monumento histórico criado com boa
intenção.
Os cultos, as danças e as canções,
Embalam a torcida do tigrão.
A cidade inteira cruza pelas curvas da
praça.
Entre Bancos, árvores e ciganas.
Ora para ficar, ora para partir.
Praça que abriga choro e riso, abraça um povo
a aplaudir.
*Texto temático sobre a Praça Nereu
Ramos localizada no município e Criciúma-SC.
Parabéns, muito bom! Poetas têm sensibilidade para ver mais profundamente onde a maioria passa batida.
ResponderExcluirObrigada querido!! Realmente, muita coisa passa batido por ai...
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